O Papel das Relações Precoces no Tornar-se Humano




Da Díade à Tríade
As experiências vividas no inicio da vida desempenham um papel fundamental no desenvolvimento da mente do ser humano, delas dependendo a sua estruturação emocional e o equilíbrio do seu relacionamento com os outros.
A mãe surge como o primeiro agente de intercâmbio com o meio. Os sentimentos vividos na primeira infância funcionam assim como motores de desenvolvimento de capacidades como segurança, autoconfiança, independência essenciais para o sucesso social. Desenvolvimento e socialização são processos interdependentes. O facto da criança se sentir amada pelo grupo familiar vai fazer com que esta deseje fazer parte integrante da comunidade humana.
O pai tem um papel essencial na organização da família, tanto no apoio emocional e físico à mulher como no estabelecimento de laços com o filho.
O outro (a sociedade) funciona como elo de ligação entre a mente da criança em formação e o universo social com as suas exigências e imposições.

Consequências no Desenvolvimento das Perturbações nas Relações Precoces
Ausência de vinculação; Harlow: as fêmeas de macaco que eram inseminadas artificialmente não tinham qualquer ligação aos filhos. A privação de convívio precoce é a causa dos danos sociais e emocionais no decorrer do desenvolvimento posterior.
Inversão da situação, os primatas foram misturados com macacos jovens e em pouco tempo começaram a responder às brincadeiras e as fêmeas que trataram mal os filhos na 1ª ninhada, já não o fizeram nas seguintes e mostravam-se mais recetivas aos machos. Crianças que foram transferidas para orfanatos em que lhes davam carinho e atenção melhoraram significativamente no âmbito intelectual e social acentuando progressos nos índices de inteligência.

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