Perceção: processo cognitivo através do qual contatamos com o mundo, que se caracteriza pelo facto de exigir a presença do objeto, da realidade a conhecer. Pela perceção, organizamos e interpretamos as informações veiculadas pelos órgãos dos sentidos, a que designamos de informações sensorias.
O Processo Percetivo
O teu conhecimento do que ocorre neste momento é construido por diferentes sistemas sensoriais: pela visão; olfato; audição; tato; paladar: sentido do equilibrio; sentido dos movimentos corporais.
Embora a receção sensorial seja diferente para os diferentes órgãos dos sentidos, há 3 elementos comuns:
1. o estimulo fisico;
2. a sua tradução em impulsos nervosos;
3. a resposta á mensagem como perceção.
Sensação: processo de deteção e receção dos estímulos nos órgãos dos sentidos.
A perceção é uma atividade cognitiva que não se limita ao registo da informação sensorial: implica a atribuição de sentido, que remete para a nossa experiencia.
A perceção como representação
A perceção não reproduz o mundo como um espelho, o cérebro não regista o mundo exterior como um fotógrafo tridimensional: ele constrói uma representação mental ou imagem da realidade.
É no cérebro que se vão estruturar e organizar as representações do mundo, é no cérebro que se dá sentido ao que vemos e ouvimos. A informação proveniente dos órgãos sensoriais é tratada pelo cérebro e é nesta estrutura do sistema nervoso que ganha sentido e significado.
A perceção social
Perceção social: processo que está na base das interações socias (como conhecemos os outros, como interpretamos o seu comportamento). O conhecimento deste efeito é muito importante, porque é o modo como percecionamos as situações socias e o comportamento dos outros que orientará o nosso próprio comportamento.
A perceção social está muito relacionada com os grupos sociais, com o contexto social em que a pessoa está inserida. Segundo o autor Moscovici os individuos e os grupos sociais reconstroem a realidade através da atribuição de significados particulares á realidade física e social.
Um dos fenómenos estudados refere-se á predisposição percetiva onde por exemplo, a mesma conversa pode ser entendida de formas diferentes por duas pessoas consoante aquilo que elas pensam da pessoa ou do assunto falado.
Um dos casos estudados, e que reflete a predisposição percetiva, é o efeito dos estereótipos e dos preconceitos na forma como percecionamos os outros. Numa experiencia realizada na década de 50 por Allport colocou-se num autocarro um homem branco com uma faca na mão sentado ao lado de um homem negro e constatou-se que um numero muito elevado de pessoas afirmavam ter visto o negro com a faca na mao e não o senhor branco. A imagem foi então projetada na retina e foi distorcida pela representação produzida no cérebro devido ao preconceito racial.

A maioria pensa com a sensibilidade, eu sinto com o pensamento. Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.